Tenho certeza que 2020 trouxe as pessoas a consciência que depois da saúde o mais importante na vida é o alimento. É para isso que trabalhamos e vivemos. O alimento é a mais forte representação do ciclo da vida.
Diante da desigualdade social que vivemos em nosso país, decidi conhecer melhor as cestas que chamam de básicas e fui em busca de mais informações sobre o que é cesta básica, quem inventou, se existem itens obrigatórios, como se calcula a quantidade por pessoa, se existe algum critério para doações e finalmente decidi testar uma cesta na minha casa por 15 dias.
Tudo que descobri está num trabalho que chamei de Desafio da Cesta Social, e se resume em uma pesquisa sobre o tema e uma proposta de cardápio de duas semanas, espelhado para um mês, com quantidades necessárias para uma família de 4 pessoas.
Escrevi todas as receitas pesadas e em medidas caseiras, testei e fotografei todos os pratos. Com a ajuda de amigos voluntários fizemos uma arte de todo o trabalho e inserimos os dados em planilhas.
Decidi mudar a nomenclatura da cesta chamada de básica para social por que a cesta básica oficial, foi criada em 1938 durante o governo do Presidente Getúlio Vargas para calcular o valor do salário mínimo que um trabalhador teria que receber para se alimentar. Os itens e quantidades que compõe a cesta básica nacional é bem diferente das cestas sociais e contem carne, leite, ovos, legumes, verduras, frutas entre outros itens que garantem uma alimentação saudável.
O cardápio proposto pelo Desafio da Cesta Social é bem pé no chão, à ele acrescentamos um pouco mais de ingredientes que já compõe a cesta e adicionamos alguns legumes e proteínas com baixo custo e não perecíveis.
Seria um sonho incluir produtos da agricultura familiar e alimentos da época bem como proteínas animais mas a ideia aqui é viabilizar essa cesta sob o aspecto financeiro e de logística para que supermercados, prefeituras, entidades e voluntários tenham condições de fazer o uso delas com segurança.
A proposta do Desafio da Cesta Social é estabelecer um elo entre os hábitos tradicionais das famílias brasileiras e novas atitudes, com a escolha de alimentos naturais, com quase nada de comida industrializada e menos proteínas animais.
A ideia é enviar junto com a cesta social um caderno de receitas e nele serão incluídas informações de plantio, sugestões de onde comprar ingredientes mais naturais, e dicas bem fáceis sobre como separar o lixo e assim garantir o respeito a todo ciclo da alimentação saudável e justa.
A cesta social chega há milhares de brasileiros, não só nesse momento, mas durante todo o ano ela é entregue às famílias com hipossuficiência e deve ser uma forma de educar as pessoas, mostrando que a relação com o alimento e as escolhas conscientes que fazemos quando nos alimentamos impactam diretamente sobre os sistemas de saúde, o meio ambiente, educação, economia e o futuro do Brasil.
Se você quer conhecer o Desafio, entra em contato comigo que eu mando todas as cartelas com cardápios e receitas e dicas para você!
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