É nos arredores de Paraty e em algumas de suas saborosas tradições que Ana Bueno descobre produtos de qualidade para dar seu toque diferenciado a receitas exclusivas.
Alguns produtos são ícones da cozinha do Banana da Terra, a exemplo, claro, da banana, que dá nome a um de seus pratos mais consagrados. Para outros, que também integram a seleção de ingredientes nobres, Ana Bueno revela seu segredo: a parceria com produtores locais, fator que ela considera decisivo não só para criar e finalizar um prato, mas para incentivar a produção e formar uma rede de beneficiados, com o esforço de todos para oferecer o melhor.
Banana – a cidade e a região em seu entorno têm grandes produções de banana de todos os tipos. A banana da terra é uma das mais comuns e o produto chega semanalmente à cozinha do restaurante, via produtores locais. Horta própria – uma área de mil metros quadrados garante o fornecimento de batata-doce, salsa, cebolinha, coentro, poejo, manjericão, tomilho, alecrim, ora-pro-nóbis, rúcula, diferentes tipos de alface e outras hortaliças e legumes. Tudo puro, orgânico, saído da terra diretamente para a panela.
Palmito – nativo da Mata Atlântica a espécie pupunha ganhou o cardápio do Banana por ser um produto ecológico, integrado ao sistema de agrofloresta. Produtores independentes e a cooperativa de palmito são os principais fornecedores, responsáveis por garantir ao restaurante um estoque fresco, quase diário.
No cotidiano do restaurante, a cachaça comparece em suas variadas versões, entre elas a Paratiana Ouro, envelhecida em tonéis de carvalho de 2 a 8 anos; a Paratiana Prata, envelhecida em tonéis de jequitibá de 1 a 5 anos; e a Labareda, envelhecida em tonéis de umburana e jequitibá de 1 a 3 anos, além da Cachaça Mulatinha e as de cravo e canela, a Gabriela, e de melado e cravo, a Caramelada – todas com selo de Indicação Geográfica de Procedência e muitas premiadas em inúmeros concursos nacionais e internacionais, a exemplo do Mundial de Bruxelas em 2015 e os destaques como Cachaça Oficial do Aniversário Rio 450 anos e Melhor Gabriela de Paraty, pelo célebre ranking da revista Playboy.
Cachaça de alambique, de produção artesanal nos moldes do século 17, mas com fabricação em um parque industrial dos mais modernos, o engenho da Paratiana é um dos pontos turísticos dos mais visitados de Paraty. Sediado em um antigo casarão cercado pela mata Atlântica e por uma bela cachoeira, é aberto diariamente a quem queira conhecer todo o processo de produção, desde a moagem da cana de açúcar e a fermentação, até a destilação do produto.
Pescados – peixes e frutos do mar locais fazem a fama do Banana da Terra, especialmente pelo frescor e qualidade. Tudo vem do mar de Paraty e é manuseado com cuidado, para garantir o melhor resultado no prato.
Pindoca – é esse o nome de um produtor local de farinha de mandioca, “uma das melhores de Paraty”, na opinião da chef. Pindoca, único fornecedor do produto no restaurante, trabalha com farinha desde menino e é um exímio conhecedor de todo o processo. É ele quem garante, portanto, a excelência do pirão e da farofa que acompanham pratos consagrados do Banana.
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